"Do ponto de vista da política externa seria um resultado bastante interessante e promissor. A Argentina se somaria a um grupo que representa uma proposta alternativa, um arranjo alternativo para pensar e discutir grandes questões globais e estar nesse fórum oferece uma possibilidade de dividendos políticos bastante interessante para a Argentina", aponta o pesquisador em entrevista à Sputnik Brasil.
"Isso sem dúvida alguma cria uma dificuldade, mas do ponto de vista mais concreto não me parece que haverá grandes problemas para o Brasil, até porque o BRICS não é um arranjo que cria compromissos muito vinculantes", avalia o pesquisador.
Argentina no BRICS pode ajudar Brasil e Mercosul
"Logicamente, os acordos econômicos não são tão simples de serem feitos. Envolvem inúmeras variáveis, principalmente para países que não possuem tecnologia de ponta ou não produzem produtos de alto valor agregado. Lamentavelmente, nos últimos 30 anos, as lideranças políticas dos países-membros do Mercosul pouco fizeram para alterar a dependência das commodities. Contudo, quando o bloco se aproxima de estruturas mais dinâmicas é possível que haja uma 'contaminação positiva'", explica Pennaforte.