"Ao mostrar que a maior parte dos desvios ocorre com furtos na residência, o relatório já desmonta a ideia da arma como proteção da casa e da família. Os criminosos mostram que preferem sempre atacar residências sem ninguém. Armas e joias são alguns dos itens mais visados", afirmou Langeani.
"O relatório é contundente ao mostrar que as armas mais compradas, como o revólver .38 e a pistola .40, são as mesmas apreendidas com o crime", indicou Langeani.
"Os policiais são as maiores vítimas em assaltos. Nesse contexto é muito difícil ter uma reação efetiva", disse.
Posse x porte de armas
"A forma como o assunto é tratado pode levar a considerações que não correspondem à realidade. Sou a favor de que a pessoa que deseja ter arma de fogo atenda às prescrições legais para a aquisição", disse Storani.
"Sempre houve um mercado de armas furtadas. Não é porque o cidadão hoje pode comprar arma de fogo que passou a existir o mercado. O criminoso adquire armas que foram furtadas, compradas irregularmente ou contrabandeadas", afirmou.
"Em razão do tamanho da fronteira, é mais fácil de entrar, mas a Polícia Rodoviária Federal vem realizando ótimo trabalho nesse sentido, com recorde de apreensão de armas", disse.
"Aquele que detém arma de fogo tem que ter responsabilidade na sua guarda e usá-la com a destinação para a qual foi comprada. Por isso, tenho reservas quanto à concessão do porte a quem não tem o perfil. Isso não pode ser feito de maneira aleatória, e sim de forma mais rigorosa, com responsabilização dura pelo uso indevido", afirmou.