Segundo informações do jornal O Globo, o chefe de Estado do Brasil decidiu que as manifestações sobre os confrontos na Ucrânia ficarão centralizadas no Ministério das Relações Exteriores.
O objetivo do governo brasileiro é manter o presidente afastado do tema e a comunicação concentrada no chanceler Carlos Alberto França, para evitar declarações desastrosas.
Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, durante a cerimônia de aposição floral no Túmulo do Soldado Desconhecido, no centro de Moscou, Rússia, 16 de fevereiro de 2022.. Foto de arquivo
© Sergei Karpukhin
Embora distante dos microfones, todas as notas terão que ser avalizadas pelo presidente Bolsonaro.
Em texto divulgado nesta quinta-feira (24) pelo Itamaraty, o governo não criticou diretamente as ações russas sobre a Ucrânia.
O órgão disse que o Brasil "apela à suspensão imediata das hostilidades e ao início de negociações conducentes a uma solução diplomática para a questão".
O comunicado só foi liberado depois de passar pelo crivo de Bolsonaro. No início do mês, o presidente se disse "solidário" à Rússia durante um encontro com o homólogo Vladimir Putin.