"Regulamentar ajuda a dar o mínimo de segurança em casos extremos, quando o gestor de uma corretora some ou quando há um inventário", disse o especialista à Sputnik Brasil.
"Mas diferentemente da Internet, temos várias outras questões conceituais e políticas quanto às criptomoedas sobre qual é o papel do Estado na economia. Cada um tem uma visão, mas o Brasil é bastante aberto às tecnologias", afirmou Shimabukuro.
"Todo contribuinte que tem bens precisa declarar. A criptomodeda é um ativo. Assim como você tem a obrigação de declarar um carro ou uma joia, tem também a obrigação de informar a aquisição desses criptoativos, que até 2020 não tinham códigos específicos e hoje têm", ressaltou a especialista.
"E quando for vender, também fica muito mais claro para a Receita o que se está vendendo e qual o ganho. Dá mais trabalho, mas torna muito mais fácil uma fiscalização futura, porque tudo isso vai estar registrado em bens de direito", indicou.
"É preciso colocar o valor de aquisição, não o que vale atualmente. O contribuinte sempre tem que informar os bens que possuía em 31 de dezembro do ano anterior", frisou a advogada. "É a fotografia do que ele tinha em 31/12."