Em chamada telefônica com o chanceler alemão Olaf Scholz nesta sexta-feira (3), o líder russo, Vladimir Putin, disse ao chanceler que tem esperanças de que, na terceira rodada de negociações, Kiev tenha uma "posição razoável e construtiva", ressaltando que a Rússia está aberta ao diálogo.
Segundo o comunicado do Kremlin, "os líderes expressaram a esperança de que durante a terceira rodada das negociações os representantes de Kiev vão tomar posições razoáveis e construtivas. O presidente da Rússia e o chanceler da Alemanha vão continuar seus contatos".
A autoridade alemã manifestou sua preocupação com relatório de vítimas, fato que Putin contrapôs respondendo que "o oeste se fez de cego com o genocídio em Donbass" e que "o coletivo do Ocidente prefere ignorar violações do direito internacional praticadas por Kiev" na região.
"De fato, mais de seis mil de cidadãos estrangeiros são feitos reféns, principalmente estudantes que são usados por radicais como escudo humano", disse o presidente russo.
"Os líderes sublinharam que a ameaça principal vem de formações armadas de neonazistas que realizam vários crimes de guerra usando métodos terroristas, instalando armamento de combate em distritos civis, se escondendo cinicamente atrás da população civil. Enquanto isso, Kiev oficial não cumpre suas promessas de cessar essa barbaridade, nos últimos dias a quantidade de tais casos aumenta", diz o comunicado.
Putin também advertiu Scholz que a Ucrânia deve cumprir os requisitos para ter status livre nuclear, assim como realizar a desmilitarização, desnazificação, o reconhecimento da Crimeia e das repúblicas autoproclamadas de Donetsk e Lugansk nas fronteiras das regiões de Donetsk e Lugansk respectivamente.
O líder russo solicitou ao chaceler que pressione Kiev para garantir a liberação e evacuação urgente e segura de estrangeiros.
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