"A discussão sobre a situação em torno da Ucrânia continuou [...]. Notou-se que as Forças Armadas russas estão fazendo todo o possível para salvar a vida de civis, inclusive organizando corredores [humanitários] seguros para a população deixar as cidades na zona de combate", disse o Kremlin em um comunicado.
O líder russo também chamou a atenção de Scholz para os recentes ataques com mísseis das forças ucranianas em Donetsk e Makeevka que o Ocidente ignorou.
"O presidente russo chamou a atenção para os ataques com foguetes das forças de segurança ucranianas nas áreas residenciais de Donetsk e Makeevka, que causaram duras perdas. Esses crimes de guerra foram ignorados no Ocidente", disse o Kremlin.
Tocando nas negociações Rússia-Ucrânia em andamento, Putin disse que Kiev está tentando arrastar as negociações, apresentando propostas cada vez mais irreais.
"No entanto, o lado russo está pronto para continuar a busca de soluções alinhadas com suas conhecidas abordagens de princípios", acrescentou o comunicado.
A conversa telefônica entre Putin e Scholz, no entanto, não pode ser chamada de amigável, afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
"A conversa, é claro, dificilmente pode ser chamada de amigável [...]. Esta é uma conversa difícil. No entanto, continua a haver a necessidade de tais contatos, para a troca de informações e para a discussão de questões sensíveis relacionadas à operação especial [na Ucrânia]", disse Peskov.
A União Europeia, os EUA e seus aliados impuseram uma dura bateria de sanções contra Moscou depois que o presidente russo Vladimir Putin reconheceu as repúblicas populares de Donetsk e Lugansk como Estados soberanos, em 21 de fevereiro, lançando três dias depois uma operação especial militar na Ucrânia para ajudar as repúblicas diante da agressão de Kiev. De acordo com o Ministério da Defesa russo, a missão é direcionada à infraestrutura militar ucraniana e não tem alvos civis.