"São várias as dificuldades no combate à pirataria no Brasil. Sem dúvidas, a diminuição do poder de compra do brasileiro e a aceitação do consumidor final a produtos pirateados por querer pagar menos do que pagaria no produto original são os principais fatores prejudiciais a esse combate. Certamente, se não existisse um forte público consumidor, esse ato ilícito não se propagaria tão facilmente", avalia ele.
"No que tange à pirataria de produtos físicos, outro fator importante a ser considerado é o fato de o Brasil ser um país continental por ter fronteira com outros países, que não só recebem produtos pirateados, como também têm uma alta produção de mercadorias falsificadas", diz Parente.
"No âmbito digital, as plataformas e marketplaces que não têm sede no país e viabilizam as compras on-line (e que foram muito usados nesse período de pandemia) são, igualmente, um fator de incremento à pirataria. O que se percebe é que há uma certa dificuldade nesse combate. Por isso, a conscientização da população sobre os impactos da pirataria e a atuação conjunta dos órgãos fiscalizadores do governo, autoridades aduaneiras, autoridades policiais, é fundamental para que exista, ao menos, a possibilidade da diminuição da pirataria", aponta.
"Além disso, é possível afirmar que a falta de recursos públicos para fiscalização, combate e conscientização da sociedade também conta como ponto desfavorável nessa luta contra a pirataria", encerrou.