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Após Ministério da Defesa exaltar golpe militar, Barroso condena ditadura nas redes sociais

Ministro se pronuncia diante das declarações da pasta da Defesa que exaltou o dia em que aconteceu o golpe militar no Brasil. Barroso fez questão de lembrar como foi o período na história brasileira.
Sputnik
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, usou ontem (31) sua conta no Twitter para criticar a ditadura militar após a nota do Ministério da Defesa publicada na quarta-feira (30) na qual diz que "o movimento de 31 de março de 1964 é um marco histórico da evolução política brasileira".
Ante o texto da pasta, o ministro postou em sua rede social alguns lembretes sobre como era a época para seus seguidores em forma de perguntas. Por exemplo: "Você sabia que muitos brasileiros foram para o exílio para escapar da violência política [em 1964]?" ou "você sabia que os jornais tinham censores nas redações decidindo o que podia ser publicado?", entre outras.
As postagens do ministro acontecem em conjunto ao pedido do Ministério Público Federal à Justiça Federal do DF para que o Ministério da Defesa remova a nota, uma vez que considera que as declarações "expõem de forma drástica" os fundamentos do país, conforme noticiado.
No texto da pasta da Defesa brasileira, afirma-se que "o movimento de 31 de março de 1964 é um marco histórico da evolução política brasileira, pois refletiu os anseios e as aspirações da população da época", acrescentando que "a história não pode ser reescrita, em mero ato de revisionismo, sem a devida contextualização".
O termo "movimento" em alusão direta ao golpe militar já havia sido usado em anos anteriores pelo governo Bolsonaro.
No entanto, sabe-se que os anos da ditadura foram marcados por perseguição política, censura, tortura e assassinatos. Embora os números sejam pouco precisos, a estimativa é que mais de 20 mil pessoas tenham sido torturadas ao longo de 21 anos de vigência da Ditadura Militar, segundo a Folha de São Paulo.
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