"Ele já sabia da ordem que saiu para que ele fosse um arquivo morto. Ele já era um arquivo morto. Já tinham dado cargos comissionados no Planalto pela vida dele, já. Fizeram uma reunião com o nome do Adriano no Planalto. Entendeu, tia? Ele já sabia disso, já. Foi um complô mesmo", declarou ela, em gravação interceptada pela polícia e autorizada pela Justiça.
"Ele falou para mim que não ia se entregar porque iam matar ele lá dentro [do presídio]. Iam matar ele lá dentro. Ele já estava pensando em se entregar. Quando pegaram ele, tia, ele desistiu da vida", disse Daniela, dois dias depois da morte do irmão, à sua tia.
"Ele foi nos jornais e colocou a cara. Ele falou: 'Eu estou tomando as devidas providências para que seja feita uma nova perícia no corpo do Adriano'. Porque ele só se dirige a ele como Adriano, capitão Adriano", comentou.
"Foi esse safado do Witzel que disse que, se pegasse, era para matar. Foi ele", acusou.
"Ele falava para mim: 'Orelha, nunca vi isso. Estamos se f****** por ser amigo do presidente da República. P****, todo mundo queria uma p**** dessa. Sou amigo do presidente da República e tô me f******'. Morreu por causa disso", disse o sargento.