Panorama internacional

China elogia fortes laços com a Rússia, 'não importa' o que aconteça

Declarações do vice-ministro das Relações Exteriores da China, Le Yucheng, sublinharam a posição chinesa sobre as sanções contra a Rússia.
Sputnik
A China elogiou a "resiliência" de seus laços com Moscou, renovando sua promessa de aprofundar a "coordenação estratégica" bilateral entre os países apesar das sanções impostas pelos EUA e alguns de seus aliados.
Após encontro com o embaixador russo Andrei Denisov em Pequim na segunda-feira (18), Le Yucheng voltou a defender as relações entre China e Rússia.
"Não importa como a situação internacional evolua, a China, como sempre, fortalecerá a coordenação estratégica com o lado russo para alcançar uma cooperação 'ganha-ganha' e salvaguardar conjuntamente os interesses comuns", disse Le, segundo informações do South China Morning Post.
Embaixador da Rússia na China, Andrei Denisov, na representação diplomática, em Pequim, 19 de setembro de 2021.
O comércio bilateral entre Moscou e Pequim aumentou quase 30% no primeiro trimestre deste ano, ultrapassando US$ 38 bilhões (R$ 177,3 bilhões), enfatizou Le, em mais um pronunciamento do alto escalão do governo chinês sobre a Rússia.
Em resposta, Denisov disse que Moscou tratou os laços com a China como uma prioridade diplomática e que havia uma disposição a "aprofundar ainda mais a coordenação estratégica abrangente".
A reunião ocorreu um dia antes de um debate na Assembleia Geral das Nações Unidas sobre um projeto de resolução que visa limitar o poder de veto dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança, incluindo a Rússia.
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A resolução foi apoiada pelos Estados Unidos e cerca de 50 outros países. China, França e Reino Unido são os outros membros do conselho com poder de veto.
A China vem mantendo uma posição de neutralidade em relação à operação militar especial russa na Ucrânia. Rússia e China são membros do BRICS, bloco que agrega também Brasil, Índia e África do Sul.
Todos os quatro parceiros comerciais e diplomáticos mantiveram uma postura de neutralidade diante do conflito.
No começo deste mês, o diretor-geral do Departamento de Assuntos Europeus do Ministério das Relações Exteriores da China revelou que o país asiático estava promovendo negociações entre Ucrânia e Rússia, mas que o papel de mediação não deveria ser superestimado.
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