Em entrevista à CNN Turk, Cavusoglu disse que, embora a Turquia não fosse "contra" se tornar uma fiadora para Kiev, todos os países-membros da Aliança Atlântica, incluindo a Turquia, disseram "não" ao pedido da Ucrânia para que a aplicação de Estado fiador seja regulamentada de forma semelhante ao Artigo 5º da OTAN.
Mais cedo, o chanceler turco disse que a Ucrânia buscava garantias de segurança semelhantes ao Artigo 5º da Carta da OTAN e que havia na aliança opiniões contrárias a tal movimentação. O referido artigo estipula que "um ataque contra um aliado é considerado um ataque contra todos os aliados".
"É preciso entender o processo em si: quais são essas garantias e quais serão os requisitos? É necessário que todos os países fiadores aceitem as condições adicionais de risco", explicou Cavusoglu.
Cavusoglu afirmou que a Turquia não tem interesse em enviar tropas para a Ucrânia, no entanto alegou que entre os países da OTAN havia forças que estavam interessadas em continuar com a situação ucraniana atual, a fim de "enfraquecer a Rússia".
"Eu não esperava que a situação durasse tanto tempo. Especialmente depois da reunião em Istambul. Mas na reunião dos ministros das Relações Exteriores da OTAN, já descobri por si só que a situação vai durar", observou.
Questionado se a Aliança Atlântica estava interessada em continuar a situação, Cavusoglu disse que "existem tais forças".
"Sim, claro, existem tais forças. Eles querem que a Rússia esteja ainda mais enfraquecida. Mas quem paga o preço por isso? Ucrânia", ressaltou.
Além disso, Cavusoglu acredita ser difícil falar sobre a data de uma possível reunião entre o presidente russo Vladimir Putin e presidente ucraniano Vladimir Zelensky na Turquia, mas Ancara espera que o encontro aconteça em breve.