As exportações totais do Brasil para o grupo atingiram US$ 3,86 bilhões (R$ 19,4 bilhões) no período, um aumento de quase 34% em relação ao mesmo período do ano passado, informou a Reuters nesta terça-feira (3).
O aumento nas vendas para os países árabes também reflete a menor participação da Rússia e da Ucrânia no comércio global de grãos e fertilizantes. Os países são grandes fornecedores de produtos como trigo e óleo de girassol.
O minério de ferro, que responde pela maior parte das vendas do Brasil para os países árabes, ficou em US$ 690,29 milhões (R$ 3,4 bilhões) no primeiro trimestre, uma queda de 12,5% na comparação com os três meses iniciais de 2021.
Por outro lado, a forte demanda por produtos alimentícios favoreceu os exportadores domésticos, que tiveram um lucro inesperado.
As vendas de carne de frango aumentaram quase 11%, somando US$ 591 milhões (R$ 2,97 bilhões), enquanto as vendas de açúcar saltaram quase 20%, registrando US$ 588,8 milhões (R$ 2,95 bilhões) nos primeiros três meses do ano.
As vendas de produtos de soja subiram 122,8%, indo para US$ 318 milhões (R$ 1,5 bilhão), enquanto as exportações de trigo ficaram em US$ 285,86 milhões (R$ 1,4 bilhão), marcando um salto de 438,06%.
O Brasil também impulsionou as vendas de milho e carne bovina congelada para os países árabes em 27,21% e 165,73%, respectivamente, segundo os dados.
A Câmara de Comércio Árabe-Brasileira disse que as nações fora do mundo árabe estão ávidas por garantir o abastecimento de alimentos, um benefício para os exportadores brasileiros de alimentos.
No entanto, a entidade expressou a preocupação de que uma possível queda nas importações de fertilizantes da Rússia, alvo de sanções ocidentais, possa impactar negativamente a safra de grãos do Brasil.