Concluindo uma turnê por cinco países, o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, chegou a Londres na quinta-feira (5) para desenvolver relações comerciais e militares com o Reino Unido, redigindo um novo pacto anti-Rússia e pedindo aos investidores britânicos que coloquem seu dinheiro no Japão.
Assim como o acordo Reino Unido-Austrália, o pacto Reino Unido-Japão visa conter a China. No entanto, este pacto também visa Moscou, com Kishida fazendo a comparação equivocada, entretanto agora comum, entre Ucrânia e Taiwan.
"A Ucrânia pode ser o Leste Asiático de amanhã. A agressão da Rússia não é um problema apenas para a Europa. A ordem internacional que abrange o Indo-Pacífico está em jogo", declarou o premiê após reunião com Boris Johson.
O primeiro-ministro japonês também anunciou novas sanções contra Moscou abrangendo mais bancos, importações de cerca de 70 entidades militares e a proibição de exportar certas tecnologias avançadas, como computadores quânticos. Tóquio também sancionará outros 140 indivíduos cujos bens serão congelados.
Ao mesmo tempo, as duas nações anunciaram exercícios conjuntos e aumentaram o trabalho conjunto para alívio de desastres. O acordo é o primeiro desse tipo entre o Japão e um país europeu, segundo a BBC.
O comércio entre Tóquio e Londres também foi tema do encontro de Kishida com Johnson. Espera-se que Londres se junte à Parceria Transpacífica (TPP, na sigla em inglês) em breve, e a autoridade japonesa disse que os dois pressionariam Washington a retornar ao pacto comercial.
Sob o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, os EUA se retiraram do TPP antes que ele pudesse entrar em vigor.