A declaração do mandatário ocorreu durante entrevista à Al Arabiya, exibida pela emissora Belarus 1, neste domingo (15).
"Quase todas as exportações de Belarus para a União Europeia [UE] e os Estados Unidos foram bloqueadas pelas sanções ocidentais que, falando relativamente, acumulam entre US$ 16 bilhões [cerca de R$ 81 bilhões] e US$ 18 bilhões [cerca de R$ 91 bilhões] por ano", disse o premiê belarusso.
Golovchenko salientou que o governo de Belarus está procurando formas de redirecionar suas exportações.
"Obviamente, nós não podemos perder esse volume de exportações, temos que redirecionar isso para outros mercados, incluindo a Ásia, a África e o Oriente Médio", afirmou. O premiê acrescentou que Minsk considera que as sanções ocidentais são "um instrumento de agressão híbrida e não um instrumento de pressão".
Presidente russo, Vladimir Putin, durante visita ao cosmódromo Vostochny com seu homólogo belarusso, Aleksandr Lukashenko, região russa de Amur, 12 de abril de 2022
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As relações entre Belarus e o Ocidente começaram a se deteriorar após a eleição presidencial belarussa de 2020, que provocou protestos de massa no país reprimidos pelas forças de segurança locais.
À época, países ocidentais puniram membros da ex-república soviética com sanções sob acusações de abusos de direitos humanos e violação das eleições que deram um novo mandato ao presidente belarusso, Aleksandr Lukashenko.
Recentemente, o país europeu enfrentou uma nova onda de sanções ao expressar apoio direto à operação militar especial da Rússia na Ucrânia, deflagrada em fevereiro deste ano.