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Bolsonaro conta com 'espiões' dentro da Petrobras para pressionar troca de diretores, diz mídia

Ex-militares indicados para postos-chave na estatal ajudam o presidente a ficar "por dentro" do que se passa na empresa e exercem pressão para troca de altos funcionários seguindo as intensões do governo.
Sputnik
Com o valor elevado dos combustíveis e todas as consequências econômicas advindas do aumento, a Petrobras tem estado na mira da gestão Bolsonaro, o qual promoveu trocas de chefia e constantemente declara que interferirá nas políticas da estatal.
Porém, o governo conta com uma outra estratégia para "entrar" na empresa, conforme mencionado pelo presidente, Jair Bolsonaro (PL), ontem (16).
De acordo com o blog de Malu Gaspar em O Globo, Bolsonaro conta com uma "equipe de espiões" dentro da petrolífera para fazer pressão em três diretores que o mandatário deseja substituir. Esses "parceiros" são ex-militares que o presidente colocou em postos-chave na companhia, afirma o jornal.
Segundo a mídia, os assessores da presidência da Petrobras Carlos Victor Nagem e o Angelo Denicoli, além do gerente-executivo de segurança, Ricardo da Silva Marques, são chamados na empresa de "dedos-duros de Bolsonaro".
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Neste momento, conforme relatos de quatro executivos e ex-executivos da petrolífera que conversaram com a jornalista nos últimos dias, quem mais trabalha pela troca de diretores de relações institucionais e de tecnologia são Nagem e Denicoli.
Se depender da vontade do chefe do Executivo, as duas diretorias devem sofrer mudanças, no embalo das substituições que o mandatário quer fazer na área financeira e na própria presidência da estatal, que hoje tem José Mauro Coelho como chefe. Para isso, Bolsonaro tem o suporte de seus informantes, os quais recebem salários de cerca de R$ 55 mil mensais, segundo o jornal.
Na Petrobras, os diretores são indicados pelo presidente, mas precisam ser ratificados pelo conselho. O mandato é de dois anos, com possibilidade de ter até três reconduções. Portanto, para conseguir demitir todos esses diretores, Bolsonaro precisa da concordância do presidente da companhia, ou então demiti-lo.
Para isso, ele já trocou o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, por Aldolfo Sachsida, e pretende também substituir o diretor Financeiro e de Relações com Investidores, Rodrigo Araújo.
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De acordo com a mídia, a lei diz que os preços praticados pela Petrobras têm que ser competitivos em relação ao resto do mercado. O estatuto da empresa, por sua vez, estabelece que, se o governo decidir usar o preço dos combustíveis para "fazer política social" – ou seja, subsidiar a gasolina –, terá que reembolsar a companhia.
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