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Por temer violência, órgãos internacionais já se articulam e acompanham eleição no Brasil, diz mídia

OEA, ONU e Comissão Interamericana de Direitos Humanos já estão marcando reuniões e estão se comunicando com entidades brasileiras para evitar que incursões violentas possam acontecer em outubro devido às recentes declarações do poder Executivo.
Sputnik
Devido à recente escalada de tensão entre o Executivo e o Judiciário, órgãos internacionais não vão esperar até outubro para monitorar o processo eleitoral brasileiro, segundo a coluna de Jamil Chade no UOL.
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos, a Organização dos Estados Americanos (OEA) e o escritório regional do Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos já iniciaram contatos para poder acompanhar as campanhas no país, enquanto reuniões acontecem entre membros da sociedade civil e organismos internacionais para monitorar e acompanhar os riscos do pleito deste ano, afirma o colunista.
Na semana passada, relatores das Nações Unidas receberam informações e mantiveram encontros com ativistas que denunciaram os ataques do presidente, Jair Bolsonaro (PL) contra o Judiciário, em pleno ano eleitoral.
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Nesta quinta-feira (26), o tema da campanha já foi alvo de uma reunião fechada entre grupos de ativistas brasileiros e a presidência da Comissão Interamericana de Direitos Humanos.
Segundo a mídia, as entidades pediram que o órgão regional garantisse que seus representantes estivessem na delegação de observadores que a OEA pretende enviar para monitorar as violações de direitos humanos que ocorram durante as eleições.
O encontro terminou com o compromisso assumido pela Comissão Interamericana de realizar uma reunião a cada dois meses para que possa ser atualizada sobre o cenário brasileiro. Durante o encontro, a presidente da Comissão Interamericana, Julissa Mantilla Falcón, relatou que já está em diálogo com a OEA e com o Alto Comissariado da ONU para realização de observação das eleições brasileiras pelos órgãos estrangeiros.
Além das entidades citadas, o próprio Tribunal Superior Eleitoral (TSE), anunciou no dia 17 de maio que o pleito brasileiro teria mais de 100 observadores internacionais, incluindo membros da União Europeia. O anuncio causou mal-estar entre o Itamaraty e o tribunal, uma vez que a chancelaria brasileira divulgou publicamente que vê com "estranheza" a presença de observadores europeus.
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Quem também não gostou da ideia foi o próprio presidente da República, que ironizou a presença de tais membros perguntando se eles teriam "acesso ao código-fonte" das urnas eletrônicas brasileiras.
Enquanto isso, de acordo com a pesquisa Datafolha publicada ontem (26), o índice de reprovação do governo Bolsonaro chegou a 48%. Os que consideram regular 27% e os que o avaliam como ótimo ou bom 25%. A porcentagem dos que não quiseram opinar foi de 1%.
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