Recep Tayyip Erdogan, presidente da Turquia, crê que "o sistema construído pelo Ocidente para defender sua segurança e bem-estar está sendo destruído", informou no domingo (5) mídia local.
Erdogan disse que os países ocidentais estão começando a entender a necessidade de reformar o Conselho de Segurança.
"A proposta de reforma do Conselho de Segurança da ONU, que temos apresentado há [muitos anos] parece correta. Existem mais de cinco [países, em aparente referência aos membros permanentes do órgão]. Agora eles mesmos começaram a dizer isso. Eles dizem [ser preciso] reformar o Conselho de Segurança da ONU", disse ele, acrescentando que os Estados em questão "chegarão [à conclusão do] que estamos dizendo".
Segundo o presidente turco, na Europa há pânico por causa do conflito na Ucrânia.
"Enquanto nosso país vem lidando com sucesso com a imigração ilegal da Síria há 11 anos, vemos o pânico na Europa por causa da crise russo-ucraniana. Rezamos para que o mundo saia o mais rápido possível do período crítico que está atravessando", disse.
O mandatário também reiterou que não mudará "sua posição sobre a expansão da OTAN" antes que suas expectativas "sejam cumpridas".
Em 18 de maio Estocolmo e Helsinque submeteram seus pedidos de adesão à OTAN, argumentando que o conflito ucraniano mudou a situação de segurança na Europa. Uma candidatura de adesão deve ser aprovada por unanimidade, mas a Turquia, um Estado-membro, se opôs, referindo que os dois países apoiam o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, na sigla em curdo) e as Unidades de Proteção Popular (YPG, na sigla em curdo), organizações consideradas terroristas por Ancara.
A Turquia exorta esses países a mudar suas leis para deixarem de apoiar esses grupos, proibi-los de organizar quaisquer eventos em seu território, extraditar aqueles que são procurados pela Turquia sob acusações de terrorismo, apoiar as operações militares e antiterroristas de Ancara e levantar todas as restrições à exportação de armas para o país.