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Mídia: Erdogan quer que ministro da Defesa sueco seja afastado do cargo por ligações com os curdos

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, quer que a premiê sueca Magdalena Andersson demita o ministro da Defesa do país, Peter Hultqvist, por suas alegadas conexões com os curdos, segundo o jornal Expressen.
Sputnik

"A Turquia quer que Hultqvist seja afastado do cargo de ministro da Defesa", disse a fonte do jornal, ressaltando que o assunto foi levantado nos contatos entre os governos de ambos os países quando discutiram o pedido de ingresso da Suécia na OTAN.

De acordo com o jornal sueco, a demanda turca é baseada no discurso que Hultqvist fez em uma festa em 2011, na cidade de Borlange, organizada pelo Partido dos Trabalhadores do Curdistão, para assinalar seu 33º aniversário.

Quando confrontado com a celebração controversa, Hultqvist respondeu o seguinte: "Eu disse que se deve respeitar os curdos como povo, que é errado perseguir aqueles que são membros do Partido Curdo da Paz e da Democracia e que é errado prender as pessoas e negar aos curdos o uso de sua língua em contextos oficiais".

O ministro sueco ressaltou que, embora ele não apoie ou tolere a violência ou o terror, não viu "nenhum problema" em ir à reunião e dizer o que disse. Além disso, segundo ele, a resolução pacífica da questão curda é "a coisa mais importante".
Mesmo assim, a revelação do comparecimento de Hultqvist causou grande irritação em Ancara, que o quer removido. De acordo com o Expressen, Hultqvist foi referido em um relatório intitulado "Reforço do PKK na Europa" elaborado pelo maior think tank turco, o SETA, que está perto do partido AKP de Recep Tayyip Erdogan.
A questão curda parece ter se tornado uma moeda de troca nas negociações sobre a adesão da Suécia e Finlândia à Aliança Atlântica.
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A candidatura dos dois países deve ser aprovada por praticamente todos os integrantes da OTAN, mas a Turquia, membro do bloco desde 1952 e país com o maior exército da aliança tirando os EUA, expressou oposição. Ancara se recusou a aceitar os dois países nórdicos, referindo o apoio que eles estariam prestando ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão e à milícia curda (YPG), ambos listados como organizações terroristas pela Turquia.
Ancara apresentou exigências específicas a Estocolmo e Helsinque para que a Turquia recue, que incluem a suspensão de todo o apoio ao PKK e a outros grupos com ideias semelhantes, a proibição de qualquer dos seus eventos, a extradição dos procurados pela Turquia por acusações de terrorismo e o cancelamento de todas as restrições à exportação turca de armas.
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