"A Turquia é candidata oficial desde 1999 [...] Ser candidato oficial não significa nada, os países-membros da União Europeia podem vetar a adesão a qualquer momento do processo. A possível entrada da Ucrânia levará pelo menos 15 anos", afirmou Modrikamen à Sputnik.
Referindo-se à viagem que os líderes da Alemanha, França, Itália e Romênia fizeram à Ucrânia na última quinta-feira (16), o especialista ressaltou que eles não fizeram nada além de "vender um sonho" a Zelensky e aos ucranianos.
Modrikamen salientou que a oposição francesa já manifestou preocupação com a questão ucraniana e que, na Itália, o primeiro-ministro Mario Draghi lidera uma coligação em que muitas forças políticas se opõem à entrada da Ucrânia na união.
"É por isso que a operação de relações públicas de Macron, Scholz, Draghi e Klaus Johannis em Kiev é apenas isso [...] Nada foi feito ainda e o caminho para a incorporação vai ser muito longo", acrescentou.
A Comissão Europeia, o braço executivo da UE, recomendou no dia 17 de junho que a Ucrânia e a Moldávia recebessem o status de país candidato, com uma série de condições que devem cumprir antes do início das negociações de adesão. A Geórgia foi deixada de fora dessa recomendação.
Os chefes de Estado e de Governo da UE devem decidir se concedem ou recusam o status de candidato aos três países em sua próxima cúpula, agendada para 23 e 24 de junho, em Bruxelas.