A China propôs um tratado de livre comércio entre os cinco países do BRICS em uma tentativa de fortalecer os laços econômicos dentro do grupo, à medida que sua rivalidade geopolítica esquenta com os Estados Unidos.
"O comércio entre Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul tem enorme potencial de expansão, já que representa apenas 6% do comércio combinado dos países hoje, apesar de as principais economias emergentes contribuírem com cerca de um quinto do comércio global", disse o vice-ministro do Comércio chinês, Wang Shouwen.
"Construir um acordo de livre comércio é um meio muito importante para explorar esse potencial comercial, e a China está disposta a discutir com outros países do BRICS", disse ele, segundo apuração do South China Morning Post.
A China não tem um acordo de livre comércio com nenhum dos outros quatro países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia e África do Sul), embora Wang tenha dito que as cinco nações são "a espinha dorsal do sistema multilateral de comércio".
Ele ressaltou as negociações em andamento para abrir cadeias de lojas indianas na Rússia e aumentar a participação de carros, equipamentos e hardwares chineses entrando no mercado russo, assim como o "aumento perceptível" nas exportações de petróleo russo para a China e a Índia.
Mais cedo, durante a XIV Cúpula do BRICS, o presidente russo, Vladimir Putin, disse que os países estão considerando a criação de uma moeda de reserva internacional, um esforço para desenvolver uma alternativa para acordos internacionais dominados pelo dólar americano.
Putin também disse que o contato entre o empresariado russo e os parceiros do BRICS se intensificou.