Denominada de Parceria para Infraestrutura e Investimentos Globais (PGII, na sigla em inglês), a estratégia anunciada durante a cúpula do G7, na Alemanha, pretende combater a iniciativa Um Cinturão, Uma Rota, programa de financiamento de infraestruturas mundial chinês.
"Juntamente com os parceiros do G7, pretendemos mobilizar US$ 600 bilhões (R$ 3,14 trilhões) até 2027 em investimentos globais em infraestrutura", disse a Casa Branca no domingo (26), após o anúncio de Biden.
O lançamento oficial do (PGII) equivale a uma reformulação da iniciativa Reconstruir um Mundo Melhor (B3W, na sigla em inglês), apresentada na reunião anual do ano passado.
O PGII busca oferecer uma alternativa aos modelos de infraestrutura que vendem "armadilhas da dívida", esclareceu um funcionário dos EUA, segundo apuração do South China Morning Post.
Os EUA mobilizariam US$ 200 bilhões (R$ 1,048 trilhão) para a iniciativa nos próximos cinco anos "por meio de doações, financiamento federal e alavancagem de investimentos do setor privado", disse a Casa Branca, observando que os projetos se concentrariam em energia limpa, tecnologia de comunicação segura e sistemas de saúde.
Biden defende a construção de uma para conter a China tendo como pano de fundo as crescentes acusações dos EUA e de países europeus de que Pequim estava sobrecarregando participantes do Um Cinturão, Uma Rota com empréstimos que não poderiam ser pagos.
Lançada pessoalmente pelo presidente chinês Xi Jinping em 2013, a iniciativa expandiu a influência de Pequim globalmente por meio da construção de portos, pontes e infraestrutura nos países em desenvolvimento.
Somente na América Latina, por exemplo, Pequim aumentou drasticamente os gastos e projetos de infraestrutura, sendo que o comércio entre China e América Latina ultrapassou US$ 400 bilhões (R$ 2,097 trilhões) em 2021.