O autor da matéria nota que a Bolívia possui os maiores depósitos de lítio no mundo e está em busca de parceiros de negócio que lhe ajudariam a explorar a matéria-prima, amplamente usada na produção de veículos elétricos. Na opinião do jornalista, a Rússia está na lista dos pretendentes. Quem tem acesso aos depósitos pode ter uma palavra a dizer sobre os preços e a disponibilidade.
"É justamente aqui que reside a nova armadilha de recursos de Putin", diz o artigo.
O autor acredita que agora a Rússia tem boas chances de atingir sucesso no "jogo de pôquer do lítio" e, se Moscou ganhar, a Europa ficará novamente dependente da Rússia, após o petróleo e o gás.
Conforme os dados do Serviço Geológico Americano, a Bolívia tem as maiores reservas de lítio no mundo: 21 milhões de toneladas, superando a Argentina e o Chile.
"Se a Rússia conseguir controlar os depósitos de lítio na Bolívia, isso a colocaria em uma posição muito vantajosa devido à importância desta matéria-prima para a economia de hoje", resumiu o jornal.
Após o início da operação especial russa na Ucrânia, o Ocidente endureceu a pressão sancionatória contra Moscou. As sanções afetaram especialmente o setor bancário e o setor de altas tecnologias. São cada vez mais as vozes que exortam a não comprar recursos energéticos da Rússia. Porém, a ruptura das cadeias de suprimento resultou na alta dos preços do combustível e dos produtos alimentícios na Europa e nos Estados Unidos.