Panorama internacional

EUA anunciam novas embaixadas no Pacífico em meio a disputa por influência com China, diz mídia

Os EUA anunciaram o estabelecimento de novas embaixadas no Kiribati e Tonga, em uma série de passos na região do Pacífico vistos como uma tentativa de conter a influência crescente da China na região, segundo The Guardian.
Sputnik
A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, fez o anúncio na terça-feira (12) enquanto os líderes da região se reuniam em Suva, Fiji, no Fórum das Ilhas do Pacífico.
Harris deve assistir ao encontro por videoconferência a convite do primeiro-ministro fijiano, Frank Bainimarama, "no que está sendo visto como um golpe para a China, que não se espera ter recebido um privilégio similar", nas palavras do autor do artigo.
Em seu discurso, a vice norte-americana anunciará um conjunto de medidas destinadas a restabelecer os EUA como parceiro significativo na região após décadas de declínio de sua influência. As medidas incluem, conforme relatos, a nomeação de um enviado presidencial especial ao Fórum das Ilhas do Pacífico, a triplicação da quantidade de dinheiro solicitada ao Congresso para o desenvolvimento econômico e resiliência dos oceanos até US$ 60 milhões (R$ 327 milhões) por ano por uma década, bem como a volta de voluntários do Corpo de Paz para Fiji, Tonga, Samoa e Vanuatu.

"Este marco reflete o compromisso robusto e crescente dos Estados Unidos com as Ilhas do Pacífico", diz o comunicado.

A dra. Anna Powles, especialista em geopolítica e estudos de segurança na Universidade Massey na Nova Zelândia, aponta, segundo a matéria do The Guardian, que o anúncio continha várias expressões "pela primeira vez", como o primeiro enviado estadunidense ao fórum e a primeira estratégia nacional dos EUA para as Ilhas do Pacífico, e foi uma tentativa de Washington de se apresentar como "parceiro de escolha do Pacífico".
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Contudo, ela também disse que esses movimentos mostram que Washington admite que seu envolvimento na região tem sido inconsistente e pouco impactante nas últimas décadas.
"Os esforços dos EUA para redefinir suas relações com o Pacífico são impulsionados pelo reconhecimento de que eles estiveram ausentes de uma região com a qual têm laços profundos através dos Estados livremente associados e interesses profundos, tais como a pesca, bem como pelas preocupações estratégicas sobre o papel e a influência da China no Pacífico", opina a analista.
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