"A não participação do Brasil na cúpula, no meu entender, é reflexo e reforça a política adotada pelo governo Bolsonaro com relação à integração regional, em especial ao Mercosul. Nas últimas cúpulas a participação do Brasil já foi bem reduzida e extremamente protocolar. Não se avançou em agendas efetivas da integração regional, pelo contrário. Nesse sentido, a ausência é só mais um reflexo dessa agenda do governo de desintegração regional", disse Mesquita.
"É lamentável que, na primeira cúpula realizada desde a pandemia, o Brasil não se faça representar. Somos o maior país do bloco e não estaremos lá porque o presidente da República cancelou a sua participação. Isso só demonstra o quanto Bolsonaro está isolado do ponto de vista continental e também internacional", criticou Costa.
"Um rompimento, no meu entendimento, é mais prejudicial para os grupos econômicos internos do que a permanência do bloco da forma que ele se encontra. Entendo que é melhor buscar a acomodação de forças dissonantes do que romper com o bloco e gerar crises econômicas", finalizou.