Nesta sexta-feira (22), mais uma escalada: as forças turcas repeliram um ataque com drones armados na vila de Bamerne.
O prefeito da vila, Miran Ismail, informou à AFP que não houve vítimas no ataque, que até agora não foi reivindicado, embora haja a especulação de que foi uma ação da "resistência iraquiana".
As tensões envolvendo Turquia, Iraque e EUA voltaram a atingir níveis elevados, principalmente após nove civis iraquianos morrerem em bombardeios atribuídos à Turquia nos últimos dias.
O Exército turco mantém dezenas de postos avançados no norte do Iraque como parte de sua campanha contra os rebeldes.
Na quarta-feira (20), ataques de artilharia em uma área de recreação no Curdistão mataram nove civis, incluindo mulheres e crianças, e feriram outros 23.
A maioria das vítimas eram turistas que foram para as regiões montanhosas do norte do país para escapar do calor do verão.
O primeiro-ministro iraquiano, Mustafa Al-Kadhimi, culpou Ancara pelo ataque e alertou que Bagdá se reserva o "direito de retaliar".
A Turquia, entretanto, negou a responsabilidade e, em vez disso, acusou os rebeldes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, na sigla em curdo).
Ainda hoje (22), o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, exigiu que os EUA e seus aliados da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) saíssem do leste da Síria e acabassem com o seu apoio aos grupos de milícias curdas.
"A Turquia espera que isso [aconteça] porque é a América que alimenta os grupos terroristas lá", disse o líder turco, referindo-se às Unidades de Proteção Popular (YPG, na sigla em curdo), que constituem o núcleo das chamadas Forças Democráticas Sírias (FDS).
As FDS são apoiadas pelo Exército dos EUA no leste da Síria e constituem uma força para impedir o controle da região, rica em petróleo, pelo governo sírio de Damasco.