O plano de transporte de combustíveis, por sua vez, ainda está sob elaboração em Ankara.
Já o primeiro navio com grãos deixará um porto ucraniano em breve, segundo o ministro informou nesta terça-feira (26).
Akar disse ainda que as partes estão elaborando um planejamento do transporte seguro dos cereais através do mar Negro, acrescentando que os navios serão examinados nos portos ucranianos antes de sua saída.
Na semana passada, Rússia, Ucrânia, Turquia e ONU
assinaram um acordo que prevê a retirada dos grãos ucranianos, bem como de alimentos e
fertilizantes russos, através do mar Negro a partir de três portos, entre os quais o de Odessa.
No sábado (23), representantes da Turquia, Rússia, Ucrânia e Nações Unidas começaram a trabalhar no centro de coordenação conjunta, com sede em Istambul, para exportações de alimentos e grãos para os mercados globais logo em seguida à assinatura do acordo.
O pacto alimentar, firmado em Istambul na última sexta-feira (22),
deve promover a redução dos preços no
mercado alimentar global, acredita a presidente da Associação de Fornecedores de Grãos da Turquia, Gulfem Eren.
No ano passado, a Rússia produziu 76 milhões de toneladas de grãos, enquanto neste ano o índice deve atingir a meta de 88 milhões de toneladas.
Quanto à Ucrânia, no ano passado, o país produziu 32 milhões de toneladas, mas agora, ante o conflito no país, a produção não deve ultrapassar 20 milhões de toneladas, constatou a presidente da associação turca.
A assinatura dos documentos sobre o cancelamento das restrições à exportação de algumas mercadorias russas e sobre a assistência russa
à retirada de grãos ucranianos é uma lição para a União Europeia (UE) e os Estados Unidos, que
não conseguiram praticamente nenhum resultado em questões militares e energéticas, acredita o professor da Universidade Livre de Bruxelas Samuel Furfari.
Na opinião do analista, a Turquia e a ONU "foram capazes de trabalhar de forma mais eficaz a fim de atingir um acordo".
Conforme acredita Furfari, a assinatura do pacto de grãos atenuará a pressão nos mercados globais e ajudará a evitar a fome no Oriente Médio e na África.