Os representantes da diplomacia chinesa fizeram duras críticas ao posicionamento do governo da Alemanha após comentários sobre a visita de Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos EUA, a Taipé.
"O lado alemão deve respeitar o compromisso com o princípio de uma China e ser cauteloso com as palavras sobre a questão de Taiwan", disse Hua, comentando uma declaração recente da ministra alemã das Relações Exteriores, Annalena Baerbock.
A Alemanha, segundo Baerbock, prometeu apoiar Taiwan no caso de um ataque chinês.
Hua disse que as observações da ministra sobre a situação do estreito de Taiwan e as alegações de "violação do direito internacional" carecem de "senso comum" e também são "incompatíveis com os fatos".
"Os fatos históricos e legais provam que a ilha de Taiwan faz parte da China e que ambos os lados do estreito de Taiwan pertencem a uma mesma China e nunca serão alterados por ninguém ou por qualquer força", observou Hua.
"Esperamos que o lado alemão possa entender objetiva e fielmente a questão de Taiwan e que não dance ao ritmo imposto pelos Estados Unidos", disse a diplomata chinesa. Ela também pediu cautela com "palavras e ações relacionadas a Taiwan".
Os laços entre a China e a ilha de Taiwan foram cortados em 1949, depois que as forças do partido nacionalista Kuomintang, liderado por Chiang Kai-shek, sofreram uma derrota na guerra civil contra o Partido Comunista da China.
As relações entre Taiwan e a China só foram restauradas no fim da década de 1980, apenas nos níveis empresarial e informal.
A política fundamental do governo chinês em relação a Taiwan é a reunificação pacífica sob o princípio "Um país, dois sistemas".