"O embaixador Qin apontou que, apesar das repetidas e sérias advertências da China com antecedência, os EUA fizeram a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, visitar Taiwan. Isso prejudicou seriamente a paz e a estabilidade no estreito de Taiwan e nas relações China–EUA", disse o porta-voz da embaixada.
Segundo a missão diplomática, "a causa, as consequências e os méritos do incidente são claros como cristal". Por isso, os EUA "devem assumir total responsabilidade pela situação atual", disse a embaixada.
Na Casa Branca, o embaixador disse ainda que as "contramedidas de Pequim" em torno de Taiwan são "necessárias e legítimas" para deter as forças separatistas.
A Casa Branca convocou Qin, nesta sexta-feira (5), para protestar contra o que chamou de "ações crescentes" da China próximas a Taiwan.
Embaixador da China nos EUA, Qin Gang, em 31 de agosto de 2021. Foto de arquivo
Após a visita de Pelosi à ilha, a China suspendeu a cooperação com os EUA em várias áreas militares e civis, informou o Ministério das Relações Exteriores chinês nesta sexta-feira (5).
Segundo a chancelaria chinesa, Pequim decidiu suspender reuniões de trabalho bilaterais entre responsáveis de Defesa dos EUA e da China e interromper a cooperação entre os dois países em segurança marítima.
Na terça-feira (2), a presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, visitou Taiwan, em uma iniciativa controversa, apesar dos fortes protestos de Pequim que levaram a uma severa condenação do que a China viu como violação de sua soberania pelo governo de Joe Biden.
A partir de então, o Exército da China lançou uma série de exercícios militares de fogo real em torno de Taiwan.