"Os envios de grãos dos portos ucranianos continuam como parte do trabalho do Centro de Coordenação Conjunta [JCC, na sigla em inglês]. Esta manhã [8 de agosto], o navio Sacura deixou o porto ucraniano de Yuzhny com 11.000 toneladas de soja. O navio Arizona com 48.458 toneladas de milho deixou o porto de Chernomorsk e está navegando para Iskenderun", disse o Exército turco no Twitter.
A ONU informou anteriormente que o destino do Sacura é a cidade italiana de Ravenna e que a saída dos dois foi autorizada no último domingo (7) pelo JCC, com sede em Istambul.
Por sua vez, o ministro libanês de Obras Públicas e Transportes, Ali Hamiya, afirmou no Twitter, ainda no domingo (7), que o navio Razoni, de bandeira de Serra Leoa, com grãos ucranianos a bordo, mudou sua rota e parece estar aguardando instruções sobre um novo destino.
O navio de carga seca Razoni deixou o porto de Odessa com 26 mil toneladas de milho a bordo no dia 1º de agosto e deveria chegar ao Líbano na manhã de domingo.
A operação humanitária foi planejada com a participação ativa de funcionários russos no JCC de Istambul.
O ministério lembrou que o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, assinou dois documentos inter-relacionados em Istambul, no dia 22 de julho, para abordar os problemas de fornecimento de alimentos e fertilizantes aos mercados mundiais. Os documentos constituem um único pacote.
1.
O primeiro, um memorando, prevê que a ONU se comprometa a levantar várias restrições às exportações de produtos agrícolas e fertilizantes russos para os mercados mundiais.2.
O segundo define um algoritmo para a exportação de produtos agrícolas ucranianos de portos do mar Negro controlados pela Ucrânia. O segundo documento é baseado no algoritmo proposto pela Rússia que cria um corredor marítimo humanitário para a saída segura de navios comerciais de e para portos do mar Negro controlados pela Ucrânia.A Rússia lançou uma operação militar especial na Ucrânia em 24 de fevereiro para proteger as repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL) contra os abusos do regime de Kiev. Segundo o presidente russo, Vladimir Putin, seu objetivo é "desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia" e levar a julgamento todos os criminosos de guerra responsáveis por "crimes sangrentos contra a população civil" em Donbass.
De acordo com um comunicado do Ministério da Defesa russo, as Forças Armadas estão atacando apenas a infraestrutura militar e as tropas ucranianas, tendo concluído as principais tarefas no dia 25 de março, reduzindo significativamente o potencial de combate da Ucrânia.