Segundo os produtores, a crise deixou cerca de 300 mil toneladas de limões sem colheita e pode afetar 40 mil trabalhadores, que correm o risco de perder os seus empregos.
O setor citrícola argentino enfrenta o encerramento antecipado das exportações pela UE, um dos principais destinos dos limões argentinos, e também sofre as consequências das sanções contra a Rússia devido ao conflito com a Ucrânia, situação que se reflete no aumento do combustível e nos altos custos logísticos .
Além disso, ao tentar direcionar a produção para o consumo interno, os produtores se depararam com um preço baixo em decorrência do excesso de oferta.
Diante do lucro zero esperado nesse cenário, toneladas de limões permanecerão armazenados, podendo ficar apodrecidos.
Segundo o jornal argentino El DiarioAr, a Associação Cítrica do Noroeste Argentino reúne 95,6% da produção nacional de limão, produzida principalmente em Tucumán.
A atividade não é apenas um forte motor produtivo em Tucumán, onde metade da moeda estrangeira é produto das exportações, mas também em nível nacional.
Em 2021, as exportações de citrinos aumentaram 20% face ao ano anterior e registaram um volume de negócios na ordem dos US$ 600 milhões (R$ 3,05 bilhões).