"O presidente russo Vladimir Putin, bem como seu colega chinês, Xi Jinping, visitarão a próxima cúpula do G20 em Bali, disse o presidente indonésio, Joko Widodo. Segundo ele, a "rivalidade entre grandes países é preocupante".
"Xi Jinping virá. O presidente Putin também me disse que virá", disse Widodo à agência de notícias Bloomberg.
Foi a primeira vez que o líder da quarta nação mais populosa do mundo confirmou que ambos planejavam comparecer à cúpula de novembro.
No dia anterior, Putin, conforme relatado pelo serviço de imprensa do Kremlin, falou ao telefone com Widodo. Eles discutiram segurança alimentar global e os preparativos para a cúpula do G20.
Mais cedo, o assessor presidencial russo, Yuri Ushakov, informou que a decisão sobre o formato da participação da Rússia na cúpula do G20 será tomada imediatamente antes da viagem. O encontro será realizado de 15 a 16 de novembro.
Apesar do desejo unânime do G7 de isolar a Rússia, quase metade dos participantes do G20 se recusam a perseguir tal objetivo.
Segundo a mídia, altos funcionários dos países mais ricos do G20 tentaram convencer os restantes países de que era necessário impor medidas restritivas em relação à Rússia, contudo esses países não quiseram seguir a narrativa.
Em particular, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, enfrentou essa "realidade desconfortável" durante o seu longo périplo pelo sudeste da Ásia e África.
A posição moderada dos países do G20 se explica por uma série de razões, entre elas os laços históricos com Moscou, as preocupações sobre a sua própria economia e a desconfiança das antigas potências coloniais.