"Em qualquer caso, o Ocidente não está vencendo a guerra. A vitória decisiva na Ucrânia não vale nem riscos nem despesas para consegui-la", defendeu Mardini, salientando que "em qualquer opção de resolução do conflito será muito difícil rejeitar as condições de Moscou".
"Isso porque a Ucrânia foi arrastada para uma guerra por procuração. O seu casus belli não pode ser facilitado até as disputas territoriais entre os vizinhos. Embora tais disputas na verdade tenham desempenhado o seu papel na crise, a raiz da instabilidade é o compromisso em vigor da OTAN, assumido pela aliança em 2008 e confirmado em 2022, sobre a adesão da Ucrânia."
"Mas antes de mais nada, Washington deve aceitar o seu papel na provocação – a agora no arrastamento – do conflito. Infelizmente, a narrativa assumida por todos oculta a percepção disso e atrasa ainda mais a correção do rumo. Essa teimosia imprudente longe do oceano só destruirá a Ucrânia ainda mais", conclui o autor.