"Os altos funcionários da CIA participam da tomada de decisões importantíssimas sobre assuntos de Estado e estão interessados nas suas carreiras, o que significa que a sua principal tarefa é fazer o presidente feliz com a informação que recebe", salientou o ex-agente dos serviços secretos.
Ritter sublinhou que são precisamente os dirigentes da CIA que exercem pressão sobre os funcionários responsáveis pela coleta de informações e redação de relatórios, que devem refletir o estado real das coisas.
"O presidente não quer ler que as suas políticas são terríveis e erradas na sua raiz. Para ele, é mais agradável ver que, caso dê certos passos, conseguirá os objetivos desejados", afirmou o oficial.
Ritter supôs que, devido aos relatórios dos serviços secretos, é pouco provável que Biden perceba que a sua assistência a Kiev não é capaz de reverter a situação de forma radical e só está levando a um derramamento de sangue desnecessário.
O oficial concluiu que a CIA não passa de uma estrutura estatal completamente corrupta, inclusive no plano intelectual.
Em meio à operação especial russa para libertar Donbass, os países ocidentais seguem inundando a Ucrânia com armas. Assim, há pouco, Washington anunciou um novo pacote de assistência militar a Kiev no valor de cerca de bilhão de dólares (R$ 5 bilhões), que inclui munições de artilharia, mil lançadores de mísseis antitanque Javelin, veículos blindados, explosivos e medicamentos.
Moscou, por sua vez, tem várias vezes salientado que o fornecimento de armas à Ucrânia apenas prolonga o conflito, enquanto os transportes carregando armas para Kiev se tornam um alvo legítimo para o Exército russo.