O chanceler alemão, Olaf Scholz, e o presidente russo, Vladimir Putin, discutiram o conflito na Ucrânia durante uma conversa telefônica nesta terça-feira (13), disse o porta-voz do governo alemão Steffen Hebestreit.
Segundo Hebestreit, Scholz pediu a Putin que encontre uma solução diplomática para o conflito o mais rápido possível.
"Em relação à situação na central nuclear de Zaporozhie, o chanceler federal enfatizou a necessidade de garantir a segurança da usina nuclear", disse o porta-voz.
Ainda sobre Kiev, Putin comunicou a Scholz que a Ucrânia está violando o direito internacional humanitário, informou o Kremlin.
"Vladimir Putin, em particular, chamou a atenção do chanceler federal para as flagrantes violações do direito internacional humanitário pelo lado ucraniano, o interminável bombardeio das cidades de Donbass, como resultado do qual civis são mortos e infra-estrutura civil é deliberadamente danificado", disse o Kremlin em comunicado.
Putin também lembrou ao chanceler que a Rússia concede ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV, na sigla em inglês) acesso a prisioneiros de guerra ucranianos, enquanto Kiev não está fazendo o mesmo.
"Em resposta a uma pergunta do chanceler federal, Vladimir Putin observou que o lado russo fornece ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha acesso a prisioneiros de guerra, enquanto Kiev não", disse o Kremlin em comunicado.
Sobre os grãos, Putin declarou que os obstáculos às exportações de produtos agrícolas russos ainda permanecem.
"Ao mesmo tempo, não há progresso na remoção de obstáculos à exportação de produtos e fertilizantes russos."
O líder russo também confirmou a Scholz que a Rússia está pronta para exportar uma grande quantidade de grãos e transferir gratuitamente fertilizantes bloqueados na Europa para países pobres, segundo o Kremlin.
Ao mesmo tempo, Putin tocou na questão do Nord Stream e disse que as interrupções no trabalho do gasoduto estão relacionadas a sanções contra a Rússia.
"Descrevendo a situação atual do setor energético europeu, Vladimir Putin salientou que a Rússia tem sido e continua a ser um fornecedor confiável de recursos energéticos, cumprindo todas as suas obrigações contratuais, enquanto as interrupções, por exemplo, na operação do gasoduto Nord Stream 1, são causadas por sanções contra a Rússia que impedem seu serviço técnico", relatou o Kremlin em comunicado.
No domingo (11), a Hungria, um dos países-membros da UE, disse que o bloco europeu pode rever em breve política de sanções contra a Rússia, conforme noticiado.