"Para lidar com o risco de escalada, a OTAN deve estar preparada para o pior dos cenários e isso ainda não está acontecendo. Quando me refiro ao pior dos cenários, é a OTAN em [estado] de guerra com a Rússia", disse Shirreff em entrevista ao Newsweek.
O general destacou que a Aliança Atlântica só pode ser diretamente envolvida no conflito se os combates na Ucrânia se espalharem para fora da fronteira do país.
"Estar pronto para o pior dos casos significa mobilizar reservas. Significa recuperação das capacidades perdidas, descartadas durante anos de gastos reduzidos com a defesa. Significa ter a indústria equipada para produzir projéteis de artilharia, [armas] antitanque e mísseis antiaéreos. Não apenas substituir os estoques entregues aos ucranianos, mas também começar a construir seus próprios estoques porque se esvaziaram", explicou ex-subcomandante das tropas da OTAN.
Por sua vez, Rússia tem repetidamente afirmado que as entregas ocidentais de armas e equipamentos à Ucrânia apenas agravam a situação, e o presidente russo Vladimir Putin disse anteriormente que, usando armas ocidentais, Kiev continua atacando a infraestrutura civil em Donbass.
Além disso, as Forças Armadas da Rússia têm acusado militares ucranianos de usar "métodos terroristas" nos combates, como fazer civis de "escudo humano" e se alojar em construções não militares.
A Rússia iniciou a operação militar especial em 24 de fevereiro com o objetivo de desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia, após pedido de ajuda das repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL) para combater ataques de tropas ucranianas.