Panorama internacional

Ocidente vê sinal preocupante nas negociações entre os líderes da Rússia e China, diz colunista

Pequim pretende seguir apoiando incondicionalmente a política do presidente russo Vladimir Putin na Ucrânia, escreve a colunista Dana Heide em um artigo de opinião no jornal Handelsblatt.
Sputnik
De acordo com a jornalista, o encontro entre o presidente da Rússia Vladimir Putin e o líder da China Xi Jinping às margens da cúpula da Organização de Cooperação de Xangai (SCO, na sigla em inglês) no Uzbequistão, durante o qual os dois chefes de Estado anunciaram uma frente unida na arena mundial, envia um sinal inquietante ao Ocidente.
"Ambos os líderes garantiram um ao outro compromissos mútuos, Xi chamou Putin de 'velho amigo'. Isto significa que Pequim pretende seguir apoiando incondicionalmente o rumo de Putin", disse Heide.
A colunista considera que Xi Jinping na avaliação dos acontecimentos não se orienta pela mídia ocidental, mas tira suas próprias conclusões. "Parece que Xi [Jinping] simplesmente não acredita na mídia ocidental", diz a publicação.
Na cúpula da SCO em Samarcanda nesta quinta-feira (16) Vladimir Putin realizou conversações com Xi Jinping.
O líder russo criticou as tentativas do Ocidente de criar um mundo totalmente unipolar, inaceitável para a esmagadora maioria dos países mundiais. Seu homólogo chinês observou que Pequim, juntamente com Moscou, está pronto para mostrar um exemplo de uma potência mundial responsável e levar o mundo a um caminho de desenvolvimento sustentável e positivo.
Panorama internacional
Casa Branca está preocupada com reunião entre Xi e Putin, diz porta-voz
Na coletiva de imprensa nas vésperas da cúpula, a embaixadora russa no secretariado da SCO, Natalia Stepkina, enfatizou que a Organização de Cooperação de Xangai foi criada para fomentar a cooperação e o desenvolvimento e não para "fazer amizades" contra alguém. Assim, a embaixadora rejeitou quaisquer declarações sobre a comparação da organização com a OTAN.
Comentar