Panorama internacional

Putin lançou operação militar na Ucrânia para colocar 'pessoas decentes' em Kiev, diz Berlusconi

Segundo o ex-premiê, o plano de Putin era conquistar Kiev "em uma semana", e substituir o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, por "um governo de pessoas decentes" e sair logo "em outra semana".
Sputnik
Nesta sexta-feira (23), o ex-primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, disse que o presidente russo, Vladimir Putin, foi "pressionado" a realizar a operação militar especial na Ucrânia para colocar "pessoas decentes" no comando de Kiev, segundo a Reuters.

"Putin foi pressionado pelo povo russo, por seu partido, por seus ministros para criar esta operação especial", disse Berlusconi acrescentando que o plano da Rússia era originalmente conquistar Kiev "em uma semana", e substituir o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, por "um governo de pessoas decentes" e sair logo "em outra semana", afirmou.

"Eu nem entendi por que as tropas russas se espalharam pela Ucrânia enquanto em minha mente elas deveriam ter ficado apenas em Kiev", disse o ex-premiê, de 85 anos, que uma vez descreveu Putin como um irmão mais novo.
As declarações de Berlusconi acontecem há poucos dias da eleição na Itália. O líder italiano, cujo partido Forza Italia pertence a uma coalizão de direita, tem chances de vencer as eleições parlamentares de domingo (25) e seus comentários devem alarmar os aliados ocidentais, segundo a mídia.
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Sob o primeiro-ministro Mario Draghi, Roma tem sido forte defensora das sanções ocidentais à Rússia em resposta às suas ações na Ucrânia.
Entretanto, nesta sexta-feira (23), após sofrer condenação generalizada de oponentes por seus comentários, Berlusconi divulgou um comunicado dizendo que suas opiniões foram "simplificadas demais".
"A agressão contra a Ucrânia é injustificável e inaceitável, a posição [da Forza Italia] é clara. Estaremos sempre com a UE e a OTAN", disse ele.
O líder do Partido Democrata de centro-esquerda, Enrico Letta, descreveu os comentários de Berlusconi como "escandalosos". "Se na noite de domingo [25] o resultado for favorável à direita, a pessoa mais feliz será Putin", disse Letta citado pela mídia.
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