A iniciativa busca fornecer a Camberra até meados da década de 2030 uma frota inicial de submarinos de propulsão nuclear, que possa passar mais tempo submersa, com o objetivo de responder ao crescente poderio militar da China na região do Indo-Pacífico, escreve o jornal.
Desta forma, Washington espera que, a longo prazo, a Austrália possa construir submarinos nas suas próprias instalações.
Não obstante, reconhece que a produção nos EUA pode enfrentar uma série de dificuldades principalmente financeiras.
Neste contexto, a cooperação trilateral AUKUS, estabelecida em setembro de 2021 pelos EUA, Reino Unido e Austrália, prevê que Washington ajude Camberra com as tecnologias necessárias para se dotar de submarinos de propulsão nuclear.
A Austrália espera receber até oito submersíveis com propulsão nuclear, enquanto insiste em seu compromisso de não-proliferação nuclear, já que não planeja possuir armas deste tipo.
Por sua vez, o representante permanente da China junto das Nações Unidas em Viena, Wang Quna, acusou a AUKUS de efetuar transferências arriscadas de materiais nucleares no âmbito da aliança trilateral.
13 de setembro 2022, 06:38
Wang Qun enfatizou que "a AUKUS vai além do regime internacional de não-proliferação existente e do mandato do secretariado da AIEA [Agência Internacional de Energia Atômica]".
"A questão não deve ser tratada pelos três países isoladamente, mas sim tratada pelos Estados-membros da AIEA", acrescentou.