Operação militar especial russa

Putin assina decreto isentando estudantes de mobilização parcial na Rússia

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou um decreto concedendo o adiamento de estudantes presenciais e semipresenciais para não comparecer à mobilização parcial ordenada na quarta-feira (21) pelas autoridades do país.
Sputnik
Estudantes de ensino médio e superior que estudam em instituições de ensino estatais e órgãos científicos não serão obrigados a prestar serviço militar como parte da mobilização parcial que visa defender a soberania e a integridade territorial do país em meio ao conflito na Ucrânia.

"Decido estabelecer que o adiamento da convocação para o serviço militar no quadro da mobilização será concedido aos alunos presenciais e semipresenciais que frequentam cursos credenciados pelo Estado do ensino secundário e superior em organizações educacionais estaduais e organizações científicas", indica o decreto do Kremlin publicado na noite de sábado (24).

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Esta medida não se aplica a pessoas que estão seguindo uma segunda carreira, ou seja, ela só será válida para quem está estudando pela primeira vez.
Em 23 de setembro, o Ministério da Defesa russo explicou que especialistas em TI, comunicações, mídia e finanças estão isentos de mobilização parcial.
"Para garantir o funcionamento de certas indústrias de alta tecnologia, bem como o sistema financeiro da Federação da Rússia, foi decidido que os cidadãos com ensino superior nas especialidades e áreas de treinamento correspondentes, trabalhando nas organizações credenciadas ativas em tecnologia da informação, que estão envolvidos no projeto, desenvolvimento, implementação, manutenção e operação de soluções de tecnologia da informação e que garantem a operação da infraestrutura de informação, não devem ser convocados para o serviço militar como parte da mobilização parcial", informou o governo russo.
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Putin decretou em 21 de setembro a mobilização parcial dos reservistas que, segundo o Ministério da Defesa, incluirá 300 mil pessoas e é necessária para controlar os territórios liberados em Donbass e uma linha de fronteira russa de mil quilômetros que separa o país da Ucrânia.
O presidente da Rússia anunciou esta medida em um discurso televisionado à nação, o primeiro desde que ordenou em 24 de fevereiro o lançamento de uma operação militar especial na Ucrânia, além de e referendos convocados em Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporozhie sobre a incorporação desses territórios à Rússia.
Em seu discurso, Putin acusou o Ocidente de chantagem nuclear e alertou que a Rússia não hesitaria em usar todo o arsenal de meios de destruição disponíveis (alguns mais avançados que os da Organização do Tratado do Atlântico Norte) em caso de ameaça à sua integridade territorial.
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