"O que a OTAN deve fazer? Eliminar a possibilidade de a Rússia usar armas nucleares. Mas o mais importante, apelo novamente à comunidade internacional, como antes de 24 de fevereiro: ataques preventivos, para que eles [os russos] saibam o que acontecerá com eles se as usarem. E não o contrário", disse o presidente ucraniano.
"Houve algumas tentativas tímidas, digamos, de condenar o tom de Zelensky. Ouvimos na Organização das Nações Unidas [ONU], e assim por diante. Mas, para nosso pesar, vamos dizer: não ocorreu a ninguém frear seu vassalo. Isso é muito perigoso", disse Peskov à emissora de TV Rossiya 1.
"Claro que não podemos ignorá-lo, e pedimos principalmente aos líderes de outros Estados que também não o ignorem, porque, do ponto de vista dos sintomas, são declarações muito perigosas, muito perigosas. O chefe da Ucrânia pede aos principais Estados do mundo, os países do clube nuclear, que lancem um ataque preventivo ao nosso país, à Federação da Rússia", alertou o porta-voz presidencial. "Essa é uma declaração absolutamente flagrante, que provavelmente fala da moral do presidente da Ucrânia, que está repleta de erros irreparáveis e muito perigosos e que mais uma vez sublinha a correção de nosso presidente quando tomou a decisão de conduzir a operação militar especial", disse Peskov.
'Inadequadas e inaceitáveis', diz Rússia na ONU sobre falas de Zelensky
"Ontem (6), declarações completamente inadequadas e absolutamente inaceitáveis foram feitas pelo regime de Kiev sobre a necessidade de ataques preventivos dos países da OTAN contra a Rússia. Definitivamente vamos monitorar e levar em conta a reação dos patronos ocidentais de Kiev. É importante entender se ele agiu, neste caso, com o seu conhecimento e consentimento", sublinhou o diplomata.
"Peço a todos os delegados que acessem o site onde essa entrevista está postada em ucraniano e ouçam o que o presidente Zelensky disse na fonte original. E você ouvirá facilmente que não se tratava de algum tipo de sanções preventivas antes de 24 de fevereiro, aquelas míticas que o serviço de imprensa presidencial [ucraniano] inventa, mas era claramente sobre a necessidade de ataques nucleares preventivos dos países da OTAN contra a Rússia e nada mais", disse Vorontsov. "Portanto, sob essas condições, definitivamente monitoraremos e levaremos em consideração essas declarações do presidente Zelensky ao tomar as medidas necessárias para garantir a dissuasão nuclear e garantir a segurança da Rússia de acordo com a doutrina militar da Federação da Rússia, assim como com os fundamentos da política de dissuasão nuclear."