Os disparos teriam sido feitos sob a supervisão do líder norte-coreano, Kim Jong-un. Segundo a Reuters, ele orientou o treinamento da unidade de operação nuclear tática do país de 25 de setembro até hoje (9).
Kim prometeu fortalecer as operações militares do país daqui para frente, acrescentando que não há necessidade de diálogo com seus adversários.
Segundo um relatório, o míssil balístico de alcance intermediário (IRBM, na sigla em inglês) disparado pela Coreia do Norte em 4 de outubro, sobre o Japão, foi um projétil recém-desenvolvido, destinado a fornecer alertas mais fortes e claros aos seus inimigos.
De acordo com o chefe de Estado norte-coreano, a recente enxurrada de testes de mísseis foi projetada para simular inundar o sul com armas nucleares táticas, como um aviso após exercícios navais em larga escala por forças sul-coreanas e norte-americanas.
"A eficácia e a capacidade prática de combate de nossa força de combate nuclear foram totalmente demonstradas, pois está completamente pronta para atingir e destruir alvos a qualquer momento e em qualquer local", informou a agência de notícias estatal da Coreia do Norte.
Os vários testes simulados tinham como objetivo atingir instalações de comando militar, bem como os principais portos e aeroportos no sul.
Nos últimos dias, as tensões na península coreana têm aumentado, com exercícios militares e disparos de mísseis.
A Coreia do Norte está lançando mísseis balísticos desde o fim de setembro, em resposta à recusa dos Estados Unidos e da Coreia do Sul de interromper os exercícios militares perto de seu território, o que Pyongyang vê como um ensaio para uma guerra.
O Ministério das Relações Exteriores norte-coreano disse considerar o lançamento de mísseis balísticos uma contramedida aos exercícios conjuntos.
Na quarta-feira (8), foi realizada uma reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre a Coreia do Norte. Enquanto os países ocidentais condenaram Pyongyang, Rússia e China apontaram que as ações norte-coreanas foram, em grande parte, provocadas pela linha de confronto dos Estados Unidos e aliados.
O Conselho de Segurança não adotou nenhuma declaração após a reunião.