"A sentença primária da geopolítica é que geografia é destino. Você não pode mudar sua posição geográfica. Nesse sentido, o Brasil está nas Américas e sofre a influência do grande irmão do Norte [Estados Unidos]. É muito difícil resistir. Por mais que o Brasil esteja no BRICS, a gente sofre muito com a influência da política externa americana, é uma condição nossa, uma condição natural. É o soft power, o poder de influência… Os Estados Unidos são uma superpotência em decadência, mas ainda são uma superpotência", aponta o professor das Facamp.
"A questão é complexa, tanto pela própria [orientação da] Casa de Rio Branco de se preservar a autonomia, a integridade dos territórios, mas isso varia de acordo com os interesses. [...] Tem uma margem, [...] sancionar economicamente dá para [o Brasil] se abster, algumas coisas dá para votar contra, mas tem algumas coisas que não dá para ceder. Não ainda. Isso vai depender do quanto essa tensão vai se acirrar no mundo e do papel da nossa política externa nos próximos anos", explica Costa Junior.