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Bolsonaro nega que Forças Armadas tenham feito auditoria das urnas: 'Não bota na minha conta'

Após falar que aguardaria um relatório das Forças Armadas para se posicionar sobre a eficácia das urnas eletrônicas, presidente recuou e disse que estão "colocando palavras em sua boca".
Sputnik
Nesta quarta-feira (19), o presidente, Jair Bolsonaro (PL), disse que que as Forças Armadas não realizaram auditoria das urnas porque não é atribuição dos militares, segundo o jornal Valor Econômico.
"As Forças Armadas não fazem auditoria. Lançaram equivocadamente. A comissão de transparência eleitoral não tem essa atribuição. Então furada, fake news", declarou o mandatário.
A declaração vai na linha do que integrantes do Ministério da Defesa disseram ontem (18), após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinar que o relatório da suposta auditoria fosse divulgado, relata o jornal.
Durante a campanha, Bolsonaro chegou a dizer que só respeitaria o resultado das eleições mediante auditoria. Na noite do dia 2 de outubro, após a definição de que iria para o segundo turno com o ex-presidente Lula (PT), o presidente falou com jornalistas na porta da residência oficial do Palácio da Alvorada, de acordo com o G1.
Na época, questionado sobre como viu o desempenho do sistema eleitoral na votação, respondeu: "Vou aguardar o parecer aqui das Forças Armadas que ficaram presentes hoje lá na sala cofre. Repito, elas foram convidadas a participar, integrar uma comissão de transparência eleitoral. Então isso aí fica a cargo do ministro da Defesa".
Já hoje (19), quando indagado novamente por um repórter que insistiu se Bolsonaro não havia falado antes em relatório, perguntou: "você agora está botando na minha boca agora? Não bota na minha conta, não", rebateu o presidente.
Na terça-feira (18), o TSE deu 48 horas para o Ministério da Defesa entregar relatório de fiscalização paralela das urnas. Os dados não foram apresentados porque Bolsonaro não teria autorizado a publicação após receber os resultados.
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O mandatário disse que os militares não se esforçaram na investigação sobre as urnas eletrônicas e na visão do ministro, Alexandre de Moraes, o impedimento da divulgação pode configurar desvio de finalidade e abuso de poder, conforme noticiado.
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