Habeck afirmou que o país está procurando maneiras de diversificar os investimentos comerciais da Alemanha na Ásia, contudo, ultimamente, o mundo está mostrando o quão perigoso é uma dependência excessiva de apenas um parceiro comercial.
"Estamos interessados no comércio com a China, porém não em um comércio ingênuo com a China. [...] Queremos proteger nossa infraestrutura crítica, nossos setores onde são desenvolvidos bens e conhecimentos críticos", afirmou.
Apesar de pedir cautela, o ministro alemão afirmou que o país não usará as mesmas estratégias que os EUA, pois não vê necessidade nisso.
"Eu sei que, às vezes, os EUA dizem palavras duras, mas esta não é a nossa maneira. [O comércio com a China] não é problemático, não é um problema fazer comércio com a China, porém nos setores problemáticos temos que ser mais cuidadosos", ressaltou.
Anteriormente, o governo alemão suspendeu a operação de duas empresas chinesas de semicondutores e fabricação de chips, por ver um risco de perder um know-how em um setor crítico onde Pequim está expandindo sua influência rapidamente.
Mesmo com esta medida, Habeck afirmou que é possível haver uma parceria comercial entre os dois países, contudo de forma cautelosa para preservar a soberania alemã na área econômica.
O ministro alemão entende que o investimento chinês em determinadas infraestruturas importantes poderia trazer "problemas em algumas áreas", como portos, aeroportos e hospitais.
Para incentivar as empresas alemãs a investir em outras economias asiáticas e evitar a concentração dos investimentos em apenas um país, o governo alemão estuda a possibilidade de introduzir um imposto adicional para aqueles que investirem em uma única economia, que poderia oscilar entre 20 e 25% do total.