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Mídia: ao STF, Valdemar diz acreditar nas urnas e afirma que só as contesta por pressão de Bolsonaro

Apesar de já chegar próximo da marca de um mês após o resultado do segundo turno, as eleições brasileiras ainda estão sendo contestadas com acusações de fraude sobre o resultado do lado do candidato derrotado. Além desses movimentos, outro também acontece, em uma espécie de "jogo duplo".
Sputnik
De acordo com a coluna de Malu Gaspar em O Globo, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, mesmo já tendo publicamente declarado que o relatório encomendado pela legenda sobre a segurança das urnas eletrônicas apontou falhas em 250 mil e que pediria a revisão dos equipamentos, o líder do partido procurou membros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para falar outra coisa.
A jornalista aponta que, nesta segunda-feira (22), Valdemar procurou nos bastidores ministros do Supremo e do TSE para dizer que acredita na higidez do sistema eleitoral e que só está tomando tal iniciativa porque o presidente, Jair Bolsonaro, o exige.
Segundo o presidente do PL afirmou a esses magistrados, em conversas que visavam a produzir uma espécie de blindagem particular contra represálias dos dois tribunais, que ele está sob forte pressão do presidente da República.
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Neste final de semana, quando gravou um vídeo falando das 250 mil urnas, Valdemar disse que "nada de ter nova eleição, não vamos propor nada disso, não queremos tumultuar a vida do país. Mas tem umas urnas que têm que ser revistas", a afirmação elevou a irritação dos ministros do Supremo e do TSE, segundo a mídia.
Após a péssima repercussão do episódio não só entre as Cortes superiores como também no meio político, o líder do PL enviou mensagens aos ministros dizendo que havia sido mal compreendido e que não tinha a intenção de contestar o resultado das urnas.
Ainda segundo a mídia, a alguns deles, disse que não teve alternativa porque havia cerca de 50 parlamentares fiéis a Bolsonaro na coletiva, que tinham ido lá só para pressioná-lo.
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Valdemar, portanto, tenta se equilibrar entre a pressão de Bolsonaro e a dos ministros do TSE, que já o cobraram mais de uma vez nos bastidores pela postura dúbia.
Embora os integrantes do Supremo entendam que o presidente do PL está sob pressão, o argumento dele para fazer as declarações que fez não colou. Para os ministros, está valendo o que Bolsonaro disse no último dia 1º de novembro ao visitá-los: "acabou", diz a jornalista.
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