No último domingo (20), Ancara conduziu uma operação aérea contra o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, na sigla em curdo) no norte da Síria. Foi relatado ataque à cidade de Kobane, bem como em localidade no norte do Iraque. No caso do Irã, seus alvos foram partidos e grupos em oposição a Teerã.
O Conselho Ministerial de Segurança Nacional do Iraque discutiu, nesta quarta-feira (23), a situação dos bombardeios no Curdistão iraquiano pelo Irã e pela Turquia.
"Como parte dos esforços para impedir esses ataques, o conselho decidiu, com as medidas diplomáticas, redistribuir as forças fronteiriças iraquianas para manter a 'linha zero' ao longo de toda a extensão da fronteira com o Irã e com a Turquia", informou à Sputnik o gabinete do primeiro-ministro do Iraque.
Militares turcos na fronteira com o Iraque recebem o ministro da Defesa da Turquia, Hulusi Akar, na província turca de Hakkari, em 19 de junho de 2020. Foto de arquivo
© AP Photo / Ministério da Defesa da Turquia
O anúncio é feito logo após o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, afirmar que as operações das Forças Armadas turcas no norte da Síria e no Iraque são "apenas o começo" e que há uma determinação de Ancara de proteger suas fronteiras.
"Nossas operações em andamento são apenas o começo de medidas para proteger nossas fronteiras", declarou o líder turco.
Na semana passada, curdos sírios escreveram uma carta aberta ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em que pedem apoio estadunidense a seus aliados para interromper ataques turcos à Síria.
Na terça-feira (22), o Departamento de Estado dos EUA expressou preocupações sobre a escalada na região e "instou a Turquia contra tais operações".
Washington forneceu apoio às Unidades de Proteção Popular (YPG, na sigla em curdo) para lutar contra o Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países), o que levou a uma deterioração das relações com a Turquia.