A aprovação do estabelecimento de um sistema de monitoramento estatal para estudar o permafrost no Ártico foi aprovado neste sábado (26) pelo governo russo, após ser apreciado pela câmara baixa do parlamento.
Ele se tornará parte da rede de monitoramento existente do Serviço Federal Russo de Hidrometeorologia e Monitoramento Ambiental.
O projeto de lei foi elaborado para promulgar os planos estratégicos do governo para o desenvolvimento do Ártico e de outras zonas de permafrost.
Especialistas acreditam que o permafrost deve ser monitorado de perto, pois seu degelo pode resultar na piora das condições ambientais no Ártico.
Uma ameaça à Terra
O permafrost forma uma das maiores reservas de carbono do planeta. Trata-se de uma camada do subsolo da crosta terrestre que está permanentemente congelada, em algumas das regiões mais frias do mundo.
Cientistas estimam que cerca de 1,5 trilhão de toneladas de carbono (o dobro do que há atualmente na atmosfera) estão armazenados no permafrost.
Aos poucos, esse carbono está sendo liberado na atmosfera, na forma de CO2 e metano. Isso ocorre porque o aquecimento global está aumentando as temperaturas em todo o planeta, principalmente no Ártico.
Os desafios envolvendo o permafrost fazem dele uma das maiores ameaças à nossa atmosfera.
A maior parte do que é chamado de permafrost está localizado no Hemisfério Norte, onde estima-se que quase um quarto dos solos tenham permafrost. Ele se concentra principalmente na região do Ártico, Sibéria, Alasca e Groenlândia.
A situação, apontam cientistas, é reversível. O permafrost mais antigo e profundo da Terra já sobreviveu a períodos ainda mais quentes do que o atual.