Zhao Lijian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, disse na sexta-feira (2) que os interesses dos EUA e da França não devem minar um terceiro país, em resposta às declarações dos presidentes americano e francês, Joe Biden e Emmanuel Macron, respectivamente.
Os últimos afirmaram na quinta-feira (1º) que os parceiros da OTAN "continuarão a coordenar suas preocupações em relação ao desafio da China à ordem internacional baseada em regras, incluindo o respeito pelos direitos humanos".
"A China é uma oportunidade para o mundo. Nem os Estados Unidos nem a França devem fazer da China um problema", comentou Zhao, citado pelo jornal chinês South China Morning Post (SCMP).
Apesar de prometerem cooperar com Pequim em questões mundiais importantes, como a mudança climática, os líderes também assinalaram a intenção dos dois países de "expandir seu envolvimento regional diplomático, de desenvolvimento e econômico, com vistas a construir resiliência nas ilhas do Pacífico", além de promover um "Indo-Pacífico que é livre e aberto, próspero e seguro", com "liberdade de navegação e liberdade de sobrevoo".
No entanto, acadêmicos chineses citados pelo SCMP não demonstraram surpresa pelo compromisso.
"A cooperação internacional para conter a China é o que a administração Biden tem feito desde sua posse, portanto a declaração conjunta não é surpreendente", disse Lee Dong-ryul, professor de política chinesa na Universidade Feminina de Dongduk, enquanto Shi Yinhong, professor de relações internacionais na Universidade Renmin, não viu "nada de novo" na ação.