"A ex-chanceler da Alemanha Angela Merkel disse […] que os Acordos de Minsk não eram sérios, que foram assinados para dar tempo à Ucrânia [...] de se preparar para uma possível reviravolta militar. A franqueza de Frau Merkel nesse aspecto é assustadora. […] Desse modo, arruinamos qualquer base de confiança", sublinhou o político austríaco.
Anteriormente, a ex-chanceler alemã Angela Merkel afirmou em entrevista ao jornal Die Zeit que os Acordos de Minsk visaram "dar tempo à Ucrânia" para se reforçar militarmente. Segundo destacou a antiga líder alemã, todos entendiam que o problema não estava resolvido e que o conflito estava congelado. Merkel acrescentou que, em 2014, a OTAN não era capaz de fornecer a Kiev armas nas quantidades em que o faz hoje em dia.
Os Acordos de Minsk para resolver a situação no Leste da Ucrânia foram assinados em 2015 e previam o cessar-fogo, a retirada de armas pesadas da linha de frente, bem como uma reforma constitucional, que introduziria a descentralização e a adoção de uma lei sobre o status especial de certas áreas das regiões de Donetsk e Lugansk. Contudo, Kiev nunca cumpriu o plano acordado.