De acordo com um comunicado da Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para Estabilização no Mali (Minusma), vários outros soldados ficaram feridos durante o tiroteio contra "homens armados não identificados".
"Hoje (16), homens armados não identificados abriram fogo contra uma patrulha da Polícia das Nações Unidas (UNPOL) na cidade de Timbuktu", diz o documento.
Ainda segundo o comunicado, um dos agressores foi neutralizado e alguns equipamentos foram recuperados. Além disso, uma força da Minusma foi imediatamente enviada para proteger a área.
A Minusma foi estabelecida por meio de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU de 25 de abril de 2013. A missão é responsável pela proteção da população civil, por observar o cumprimento dos direitos humanos e pela criação de condições para a prestação de assistência humanitária.
Em julho deste ano, as autoridades do Mali tomaram a decisão de suspender o rodízio dos militares na Minusma, um duro golpe para as operações ocidentais de combate ao terrorismo na região.
França, Alemanha e Reino Unido anunciaram em 2022 o fim de suas operações no Mali. "Dois golpes em três anos", disse o ministro das Forças Armadas, James Heappey, ao comentar a decisão britânica.
Em outubro deste ano, o presidente russo, Vladimir Putin, reafirmou com o governo do Mali um compromisso conjunto para combater o terrorismo no Sahel. A suposta cooperação das autoridades do Mali com a empresa militar privada russa Grupo Wagner, inclusive, é um pedido das autoridades locais.
Em maio de 2021, as forças armadas do Mali lideradas pelo então vice-presidente Assimi Goita removeram o presidente interino Bah Ndaw e o primeiro-ministro interino Moctar Ouane do cargo, após acusá-los de quebrar as regras de transição.
Um conselho militar assumiu o controle do país e anunciou sua intenção de realizar eleições presidenciais e parlamentares em 2024. Em junho de 2021, o Tribunal Constitucional do Mali declarou Assimi Goita o presidente interino.